. O antigo .

Um pedaço de papel contendo uma de minhas histórias com o amor. Transcrevê-lo será tão fácil, pois apesar de simples, essa história realmente conta muito de minha própria aventura.

“Eu estava em um bosque. Onde o chão era coberto por folhagens densas. E ao mais simples soprar do vento elas voavam, dançantes de um lado para o outro. Este vento cantava, uma suave melodia de ninar. Aos mais experientes, a canção era uma convocação para a batalha. E para os mais inocentes era uma lembrança dos tempos de criança. Contudo, os medrosos e sem coração a ouviam como uma tempestade. Eu permaneci parada, lentamente abrindo meus braços e por fim girando. Ao acelerar o ritmo do vento, ao escutar pensamentos advindos de meu consciente dizendo que nunca deveria ter saído dali. Comecei a escutar minha história sendo contada. Um momento único, e belo. Meus olhos se enchiam de lágrimas à medida em que tudo aquilo era explicado. Onde cada fato de minha vida tinha um significado único pra pessoa a qual eu me tornara. Alegrias, medos, dúvidas, sentimentos. Tudo o que eu falara, tudo o que eu viria a sentir. Cada peça no seu devido encaixe. Eu me sentira convicta de que eu era alguém. Meu vestido azul, meu cabelo bagunçado pelo vai- e -vem do vento. Um frescor da primavera invadindo o ambiente. As flores pairavam defronte meu rosto. Eu podia ouvir a cachoeira há alguns quilômetros daquele lugar. Eu estava no país onde todos os meus medos se esvaíam. E até aquela hora, não havia percebido. Um passarinho pousara sobre meus cadernos, e desenhara com seus “pézinhos” algumas palavras. Não sei como, a palavra CARINHO, estava certa. Com um formato único. Sorri, estranhando toda a situação. Eu sabia o que era o carinho, ou pelo menos, aprendi através dos passarinhos, que migram acompanhando o vento, de que nunca temos um lugar fixo, mas ao entender que somos queridos por alguém, ali deve ser o nosso lar. “

Maybe, this is home. Pra quem sabe o que essa data significou pra mim, texto escrito dia 25/01/10.