. Introduções .

R e s p i r a.

Alguns momentos exigem esse entendimento, nos quais a respiração é mais importante, relevante, gritante, calmante.

Não adianta se apressar… só lembre-se de respirar.

Enquanto você vê que realmente existe uma porta ali, te esperando e que todas as vias que aparentemente eram sem saída te conduziram pra algum lugar. Em meio a todo o sufoco dos caminhares calejados da escuridão corriqueira ao seu redor e a absurda informação de que a luz te conduzia um passo de cada vez. Seus pés sempre sabem que podem continuar caminhando, pois o chão em que eles pisam é firme, seguro… assim como cheio de degraus, repleto de pedregulhos que facilmente te conduziriam a um tropeçar sem fim caso o seu desespero te conduzisse a uma corrida dentre esses corredores. Aliás, o nome sugestivo deixaria tudo justificado. Correr dentre os corredores. Contudo, a falta a de ar te fez parar pra respirar. A luz fraca que te mostra o passo adiante mas não o caminho completo te tornou uma pessoa suscetível a cautela.

E você pensa que chegou ao fim.

Um porta claramente se abre a sua frente. E você, radiante, certa de que os arredores do final desse corredor podem ser explorados com maior curiosidade, vê que os degraus irregulares perpetuarão sua espera, sua busca pelo fôlego certo.

Então respira.

Após todo esse tempo de cuidado o atravessar nessa porta trará sentimentos novos. Talvez vias desérticas, solitárias, ou uma multidão que engolirá sua rotina, seu caminhar. Ali sim, você terá que correr.

O fim do corredor não é o fim. É a introdução do capítulo de um livro… a melodia inicial de um concerto… o último fôlego que você abraça antes de fazer uma declaração de amor e de tal forma o primeiro suspirar para uma vida diferente que pode se iniciar.

Por tudo o que uma porta pode trazer. Por tudo o que um feixe de luz natural pode te fazer lembrar, ver e esquecer. Pela introdução do seu respirar.

 

R e s p i r a.

Os anos que chegam.

20, 20.

Uma constância que poderia descrever maturidade, esgotamento, arrependimentos, ou vaidade.

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De forma pacata, os anos que foram desenvolvidos até aqui trouxeram muuuitas reflexões. Solitudes. Resquícios do que poderia ter crescido e até mesmo lapsos de algo tão profundo que talvez ninguém possa explicar.

Chegou aí um ano do qual eu jamais pensei que refletiria sobre, até porque, como eu imaginava uma vida totalmente diferente da que vivo agora, o tomar forma no conceito de futuro se tornou algo relaxado pra mim. Não relaxante, relaxado. Eu contei as formas, os dias, as cores e corri pelos campos da saudade tentando me apegar àquilo que algum dia me forjou. Parece que a maré anda calma demais. Me desespero então com qualquer gotinha de chuva.

Mas é aqui, 10 anos depois, que eu conseguirei exclamar o que um dia foi concebido como conceito:

A história é linda, porque é história. O futuro traz incertezas porque é incerto. Incerto pra mim, porque pro Autor ele é o presente, atemporal. Fora das limitações caseiras e terrenas de desolação. Posso parecer tudo o que mais admirei porém preciso percorrer alguns quilômetros para chegar lá. Eu pareço. Não sou.

Mas agora, creio eu, que serei.

Falaram-me que essas páginas pareciam um diário.

Não. Minha vida não parecia tão empolgante assim para escrever um diário.

Seriam mais reflexões de um cérebro em constante aprendizado.

E olá.

Se eu fosse você, não perderia os próximos capítulos.

 

. Movimento .

Sempre em arrasto, contei o tempo quase congelante o meu redor. Não sabia como reagir, não entendia os reflexos de minha mente. Do meu pensar, do meu falar.

Esse ano as coisas mudaram. Vivenciei a perda de controle. O quase caos instaurado dentro de mim. Comecei com um ano quase solitário, rodeada de pessoas. E estou concluindo ele solitária, rodeada de pessoas. Não. Eu não sou ingrata e não estou falando de sentimentos românticos. Contudo, o 3/4 da valsa da vida me fez viver separadamente. Numa bolha própria.

Eu me movi. Junto com o tempo. Percebendo que meus anos estavam passando depressa e que embora tudo mudasse ao meu redor, meus medos permaneciam os mesmos. Além de uma canção de natal que nunca envelhece, com a insanidade do existir me separando, motivando, empurrando.

É. 10 anos desde o primeiro post por aqui. 10 anos se passaram e ainda me sinto parte de um segundo capítulo de uma história sem fim. Sabendo que isso mudou, eu digo:

Olá, 2020. O ano que colocou tudo em movimento me chamou pra dançar.

 

 

 

Things that I can’t explain (EN) – Dylan Dunlap

I can remember the first time that I’ve heard one of his song covers. He is a coldplay fan, just like me.

The song (Ink from Ghost Stories ❤️) was played with a deep feeling. And the voice? Oh, his voice was filling the void between my heartbeats. He was carrying the weight of the world with his interpretation and at the same time his soul was floating. The young Dylan Dunlap had captured me since them.

 I saw him growing up, maturing as a singer, musician and composer. I could cry with a lot of his songs (Carry on still got my feelings and by the way, helped me a lot in my  story) and I spread the word that I’ve found a great ascending singer that was worthy the time. I can tell you about each one of his songs and how much deeper the lyrics can go and cross between my old-fashioned lines. The songs of Dylan Dunlap are in almost every single playlist of my Spotify, Youtube, etc. (He just need to record a Jazz version of anything and a performance of Amazing Grace and certainly he will be in all of that, haha).

To the facts:

Mr. Dunlap did it again. He translated some of the deepest thoughts about my existence and put into songs. And I am grateful for that. I am not a genius musician and I don’t have his vocalic range. I can write a lot about everything (and for now I am trying even to write in another language as you can see, my dear reader), I can be a daydreaming and put my party to rock on with different songs, but, i can’t even imagine to become better and better as a composer and musician as this man.

This is about The EP: Things I can’t Explain.

And for sure, I can’t explain how awesome this EP are.

But, In the meantime I could try.

This EP is about decisions. Is about Mental Health. Is about a progression of good memories and bad moments that build the person. The choices. The never ending regrets and the happiness of had being part of something. If you listen the entire album once, you are going to repeat it at least for 5 times (now, I am processing the maestry of the first song and being captured to a world that could easily be compared to the Hunger Games final credits – Not even telling you about my thoughts of the last song… oh!). And for a lot of different reasons I can’t understand how this world are not listening to this artist yet. Brazilians specially. Yes, we can listen a lot of bad lyrics and the repeating beating (with no sense at all) and not be capable to absolve the complexity of someone who is trying to change the world. Song after song. And this goal is including you. You can fight the same battle and proclaim how much you want to make a difference with your lifestyle but you need to make a choice.

You are not alone. He is singing your story too.

You can have a proper soundtrack now. I can tell you to wait until september 27th. Listen to Dylan’s new ep. Listen to his work. Help him to spread this wonderful message.

For now, one of the most repeated songs of my Spotify.

You can find him here:

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After all, this is about my life as well. A very awesome chapter of my great musical choices. I am so proud of his career. I am so happy that I could hear his EP a week before the release. My heart and ears are pleased. Thank You Dylan (and your awesome team that made this happen). 

 

Deborah Knapik – The retired drummer and lazy writer. 

S t e p

Um passo. 

É tudo o que te separa daquela aventura incrível de pertencer e desesperadamente ser.

Ser uma marca naquele local, ou uma personalidade naquele círculo de amigos. Tudo o que você precisa é se desligar por alguns minutos daquele receio de cair, de acertar os calcanhares da frente e dar um passo.

Um passo.

Diante de todas as atividades, de todas as experiências… o movimentar de seus pés… lentamente, calmamente, apressadamente… Pesando todas as consequências, repensando todos os contras, amando todas as possibilidades.

Um simples passo.

Que traz consigo a alegria de uma vida que pode ser desenhada novamente. Traço por traço… detalhezinho por detalhezinho… Um único passo. Que salva a sua vida.

2. 0. 1. 9.

Aparentemente os sonhos ainda se constroem em minha mente.

Eles se refazem em forma de planos.

Aparentemente as aventuras ainda trazem esperanças. De um novo amanhecer, uma nova razão pra correr nas colinas Narnianas ou cantar minha canção favorita.

Os pequenos medos e momentos. Castelos feitos de areia. Castelos feitos de pedras. Algumas decisões incompletas, sorrisos pela metade. Suspiros. Sussurros.

Talvez isso ainda me traga boas recordações. Por outro lado a coletânea de idas e vindas torna o diário lotado de anotações. Notas mentais. Escritas em memorandos. Pedaços de uma mente em construção.

Mais um daqueles dias em que as palavras não precisam ter nexo.

00407

“Welcome to the 21st”

Apenas uma frase que me estremece. Vinda de uma série MARAVILHOSA (se você ainda não assistiu travelers por favor não perca a chance e faça esse favor pra humanidade). 

Mas a alegria é real. Pertencer a uma outra época e compreender que às vezes é necessário que alguém puxe os seus pés e te diga: bem vindo ao século XXI é válido. Isso significa que seja no futuro ou passado, as variáveis sempre nos seguirão. Sejam ordens muito bem dadas pelo Diretor ou aquelas presepadas que insistimos em fazer por conta.

A dobradinha de posts de hoje se dá por conta disso.

O Grande Plano está aí e por algumas vezes eu me esqueci do Primeiro protocolo. Ah sim. Não posso culpar minha mente apenas. A insistência em tomar outros rumos e esquecer que “a missão vem primeiro” não cansou de me presentear com pancadas gigantescas.

Apenas pra me lembrar que eu sou uma traveler. E preciso consertar o que há de errado em minha mente. Não apenas com minhas forças, obviamente. Porque elas são falhas, esgotadas… pequenas demais pro problema que se instalou.

Mesmo assim o número continua lá. 00407.

E a realidade continua sendo o século XXI.

Apesar de todas as viagens. E a despeito das idas e vindas de consciência.

Mantenha-se no protocolo 1.

E lembre-se que o grande plano só está começando.

 

 

 

 

 

Five.

Aqueles sonhos que vivemos enquanto estamos acordados.

Basta um sentimento tornar-se enigmático demais… toda a energia de uma possível expansão toma conta de todos os pedacinhos… Não basta ter o sentimento todo. É necessário recortá-lo…

Peça por peça.

Enquanto toda aquela euforia exterior transforma e deforma a todos ao redor. A análise daqueles fragmentos tão cautelosamente separados torna-se parte do sonhar acordado.As realizações e memoriais de todos os segundos bem vividos. Os remorsos e arrependimentos de todas as horas mal aproveitadas.

Não basta o fechar de olhos para se sonhar. É mais do que isso…

O verdadeiro sentimento vem quando visualizo todas as peças embaralhadas. Partes daquela sensação de completude. Ou de desespero. Aquele sonho se torna então vívido. De uma vida seguida por diversos rumos diferentes mas que ao todo se completam. Simplesmente para ter a graça de uma pesquisa caracterizada por métodos “Sherlockianos”.

Palácio da mente pra alguns. Aquela personalidade 5w4 pra outros.

Pra mim, apenas uma faceta de quem sou.

aesthetic

 

Abraços de um dia sem fim

Novamente aquela sensação cobria a imaginação da menina.

Entre uma carta e outra, distante e diante de tamanhas obrigações se faziam presentes doces notas de esperança.

Nem tudo precisava ser tão explícito. Muito menos tornar a circulação sanguínea em um meio desenfreado de capítulos soltos das páginas de uma vida. O caminho se fazia bem claro. E os sorrisos quentes tomavam sim, conta de metade do rosto dela.

A jovem mulher que insistia em se inspirar nos mais incríveis e excêntricos meios de vida.

Tristemente distante. Mas plena. Repleta de certezas e orgulhos.

Uma frase aqui, uma corrida noturna ali, um tilintar das taças.

Um brinde a tudo aquilo que pode recomeçar. Um abraço de um dia que não possui hora para terminar.

vibrantes demais pra serem esquecidas

A fonte esmaecia.

Parecia que nada naquele carro poderia reduzir a sensação claustrofóbica dentro da alma. Apesar de todas as janelas estarem abertas, mesmo com o frescor da noite jogando seus cabelos de um lado para o outro e independentemente de toda a sensação de água no corpo que não havia cessado após a noite da piscina, o sufocar-se aumentava gradativamente.

Primeiro com um memorando de medo.
Seguido por um estrondo de preocupação.
E o que acompanhava o luar, naquela noite sem estrelas, era a respiração ofegante da moça.

Um, respira. Dois inspira. Três, espira. Quatro, suplica. E o ciclo se repetia e retornava ao sussurrar do vento.

As luzes que se viam à distância então, eram vibrantes demais para serem esquecidas. Pareciam palpáveis, sibilantes.
O aperto aumentava e diminuía.

E nada mais se perdia.